sábado, 31 de dezembro de 2011

2011


Acabou.

Quem sou eu ?


Sentir aquele vazio, aquela vontade de simplesmente não existir mais insiste em impedir que meus dias sejam coloridos. Um incômodo no estômago me atormenta a cada instante, fazendo eu me contorcer e me revirar na cama todo instante. Não sei por que toda essa merda está acontecendo comigo, não sei porque eu faço isso, por que, se eu sei que isso não é o que eu quero, se é o que eu menos quero, na real ? Não entendo como minha insanidade pode tomar conta de mim dessa forma, o que eu ganho com isso, além de mais e mais marcas em meu corpo? Parece que nada me entra na cabeça naquela hora, fico atordoada em meus próprios pensamentos, na minha própria insegurança, minha própria conturbação emocional. Hoje, olhei-me fixamente no fundo de meus próprios olhos através do espelho, encontrando dor e arrependimento... e um ponto de interrogação, perguntando-me o que tinha acontecido comigo. Quem sou eu ? Que tipo de monstro eu sou ? Se eu gosto tanto de sofrer assim - porque é o que parece às vezes - então por que eu não consigo me matar de uma vez? - se esse é um pensamento constante que vive em mim há mais de 4 anos?
Não sei o que sou capaz de fazer caso isso realmente seja o fim de tudo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Início de manhã


A claridade que bate em meus olhos, eu odeio. Saber que mais um dia amanheceu e que tem pessoas e obrigações esperando lá fora faz eu dar um forte suspiro, virar para o lado e sentir uma dor forte no estômago que faz com que eu me encolha fetalmente abraçando meus joelhos com força. O relógio faz a questão de me lembrar que não posso ficar ali por muito tempo, mas minhas forças não colaboram com o que tenho a fazer. Fecho os olhos e penso estar em um sonho, mas as luzes que se acendem pela casa mostra que é realidade, infelizmente. Suspiro mais uma vez e olho o espelho esperando não enxergar minha face que mais lembrava um defunto. Porém, o que vejo é mais horripilante que o esperado. Olhos fundos sem cor e sem vida, nariz inchado de tanto chorar na madrugada anterior, bochechas amassadas contra o travesseiro e cabelo pior que palha de vassoura. Vestindo um trapo ainda por cima - penso, tirando a roupa ridícula que usei para dormir. Visto algo um pouco melhor e mais decente e torno novamente a olhar meu reflexo no espelho. Tento passar uma maquiagem para corrigir os erros da cara mas nem vontade eu tenho. Passo um lápis de olho de qualquer jeito na parte inferior que é para mostrar que havia olhos entre aquelas crateras pretas arroxeadas. Dou uma leve ajeitada no cabelo com a mão mesmo e sem paciência saio do quarto com pressa. Ao vestir os tênis e sair pela porta da frente de casa, a luz do sol bate com força contra meu rosto e instantaneamente tonteio e firmo os as pálpebras com força. Suspiro calmamente e penso que um dia isso vai mudar. E fecho a porta com raiva.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Lugar distante.


Queria só um lugar distante...
Distante de tudo, distante de todos. Longe do calor; da luz ardente do sol; do suor que percorre corpos; das muitas vozes que se escutam pela rua sem se entender nada... Longe de olhares, sem que ninguém dirija os olhos a mim, ou sequer alguma palavra, e que nem lembrem meu nome, preferencialmente.
Quero um lugar só meu, um mundo que somente pertença a mim, e que eu pudesse fazer dele o que eu desejasse. Queria meu canto sombrio, meu lugar de reflexão, onde eu sentiria-me protegida, onde eu estaria aconchegadamente tranquila; perdida em meus pensamentos,;em minhas lágrimas; em meu olhar ao infinito sem nenhum objetivo, sem nenhum foco.
Queria só um lugar distante...
Distante das perturbrações da minha mente, um lugar onde eu pudesse me encontrar.
Longe de todos, que a cada palavra ou gesto procura influenciar seja lá no que eu for fazer, mesmo que involuntariamente... Meu canto gélido onde à vontade eu me sentiria, acolhida pelos meus próprios sentimentos, pelo meu próprio vazio.

E eu só queria...


Um lugar distante...

Nightmare


E os monstros que me assombram, e os fantasmas que me perseguem, e os pesadelos que me atormentam toda noite... As lágrimas que eu seguro, o nó na garganta que me impede de falar, a dor no peito que me impede de respirar e o sonho de tudo isso acabar.