segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Será que esses livro que tão adotando agora, adianta alguma coisa?"

Ao ler o post do professor Lauro http://lauroportugues.blogspot.com/ , quanto ao livro do MEC "Por uma vida melhor" , resolvi escrever um pouco sobre essa polêmica. Analisei alguns trechos, li algumas opiniões e reportagens para então, argumentar.

"Segundo Heloisa, que é professora aposentada da rede pública de São Paulo e dá cursos de formação para professores, a proposta da obra é que se aceite dentro da sala de aula todo tipo de linguagem, ao invés de reprimir aqueles que usam a linguagem popular."


- Reprimir também não né... Mas aceitar ??? É ... como eu disse, confuso demais ... Não acho certo que os professores devam aceitar a fala popular, mas sim ensinar ao aluno e sempre estimular a norma culta.
Aquele professor que faz bem o seu papel, não vai apontar o dedo na cara do aluno e dizer que ele está errado e que isso seria inadmissível.

“O reconhecimento da variação linguística é condição necessária para que os professores compreendam o seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade, de acordo com as exigências da vida e da sociedade. Isso só pode ser feito mediante a explicitação da realidade na sala de aula”, diz a nota da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), que defende o uso do livro pela sua capacidade de trabalhar o preconceito linguístico.

- Existe sim, variação linguistica, devemos sim saber nos comunicar de acordo com a exigência, o local, e dependendo de com quem estamos falando... Mas eu insisto em dizer: Não seria mais fácil saber uma coisa só ? E tentar aplicar isso em todos os tipos de comunicações? Se o aluno já é carente em educação, por que adotar essa medida tão complexa? Eis minha dúvida.

Em entrevista ao iG, uma das autoras do livro, a professora Heloísa Ramos,declarou que a intenção era deixar aluno à vontade por conhecer apenas a linguagem popular e não ensinar errado.

- A intenção pode ter sido essa, mas a interpretação do aluno, não necessariamente. Eu, particularmente entendi como se fosse uma outra forma correta de se expressar, o que implicaria que eu aprendesse duas formas: a culta e a coloquial, e isso "viraria lei". Imagina cair isso em prova?

A linguista Juliana Dias, acredita que a escola deva ensinar exclusivamente a norma culta e usar a linguagem popular apenas como exemplo durante as explicações: “O popular não cabe para o ensino. Cabe somente para reflexão, discussão, e até para o combate ao preconceito com as formas mais simples de se falar”.

- Concordo. O negócio é ensinar a norma culta e sempre "bater na mesma tecla" - Não se escreve como se fala. A maneira como dialogamos não é correta, e mudar isso, dizendo que é correto, porém inadequado, pode gerar confusão na hora de escrever, pois aprender as duas maneiras,como foi sugerido, poderia atrapalhar o aluno. - mais uma vez, digo que sou contra essa medida adotada.



Alguns trechos do livro e minhas respectivas interpretações:

“É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”

- E a minha pergunta: Seria errado então falar de acordo com a norma culta? Preconceito social seria aos que se comunicam como deveria? A solução de um problema, gerou outro. Da minha parte,muito confuso.

“É comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros. Esse preconceito não é de razão linguística, mas social. Por isso, um falante deve dominar as diversas variantes porque cada uma tem seu lugar na comunicação cotidiana.”

- Para mim, não ficou bem claro essa história de "razão social". - Quer dizer que pessoas com maior nível social falam corretamente?
- "Um falante deve dominar as diversas variantes ..." - Já é tão difícil dominar a norma culta, e ainda ter que dominar as variantes?



Conclusão: Ao invés de "inventar moda" para tentar corrigir a exclusão social, que tal investir mais na educação? Colocar mais professores competentes que se dediquem a ensinar a norma culta aos alunos? Estamos nos "nivelando por baixo" ao adotar essa medida, nos acomodando ao invés de tomar uma providência mais coerente.

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