domingo, 19 de agosto de 2012

Alone.

E eu fico sozinha, sentada no lugar mais vazio que encontro
olhando para o céu, procurando respostas.

E eu fico sozinha, perdida em meus pensamentos
fecho os olhos com força, com a esperança de que tudo fique mais claro.

E eu fico sozinha, sentindo meu coração batendo cada vez mais devagar
abraço com força meus joelhos contra meu tronco
tentando amenizar meus sentimentos.

E eu fico sozinha, tentando esquecer o que um dia foi o motivo
de meus sorrisos mais sinceros, de meus passos mais certeiros
de minhas conquistas mais difíceis.

E eu fico sozinha, gritando interiormente
aquilo que eu queria pôr para fora, que eu queria soltar pelo vento
que o vento levasse para longe.

E eu fico sozinha, com as lágrimas a embaçar minha visão
as nuvens já não estão mais nítidas, os pensamentos já não tem forma
a clareza já inexiste, os sentimentos perderam-se dentro de mim
o motivo de meus sorrisos, hoje, é só lembranças
lembranças estas que estão se embaralhando em minha mente.

E eu fico sozinha, aperto o punho com força
na tentativa de sentir minha pulsação
de ouvir meu coração bater
e de saber que estou viva.

E eu fico sozinha, e me decepciono
olho para o lado rapidamente e vejo tudo escurecer
perco o controle de meu corpo
e meu coração para de bater.




quinta-feira, 5 de julho de 2012

Doce e amargo amor





                          I

Coração trêmulo, abdome contraído em dor
pensamentos centrados e concentrados
insistindo em ti, oh meu doce e amargo amor.

Os olhos pálidos sob a luz do luar
o formigamento das mãos, o amortecer dos lábios
a ausência de emoção na superfície
e a essência do sofrimento no peito.

Sensível ao uivar do vento
brisa cortante que estremece a silhueta
tocando a pele, invadindo esse corpo
trazendo consigo seu perfume,
teu cheiro compactado junto a este, oh meu doce e amargo amor.

Os ponteiros do relógio se movem vagarosamente
pode-se ouvir cada tic tac soado levemente ao fundo
e o silêncio que molha intensamente cada membro,
cada parte do corpo vazio, cada curva.

Visões que atordoam,
náuseas que surgem dos pensamentos
teu rosto colado ao meu
teu calor que me envolve, oh meu doce e amargo amor!

Por favor, eu insisto!
Com a cabeça entre os joelhos, eu te peço
por favor, deixe-me em paz!
Oh, meu doce e amargo amor, deixe-me em paz!

Pensamentos do meu corpo junto ao teu
minha carne ardendo de prazer sentindo a sua
o beijo mais intenso, o calor que percorre cada parte,
o arrepio que calmamente se instala,
o amor que permanece.
Por favor, meu doce e amargo amor, deixe-me em paz!



                  II
E o desespero ganhou força
força essa incontrolável, invencível
e o impulso causado por esse, fez verter sangue
sob a luz do luar, oh meu doce e amargo amor,
o desespero permanece.

E o rosto, antes rosado de dor
agora veste-se acizentado
pálido, gélido, com cada traço marcado
pelas lágrimas que ali secaram ao vento.

O corpo todo banhado pela cor da morte
E os lábios arroxeados mordem-se com força
com os punhos fechados, olhar distante
o ódio se instala, oh meu doce e amargo amor.

O fogo agora que arde em seu peito
absorvendo todo calor do pedaço de carne
por dentro quente, por fora frio.
O ódio fez tremer, a raiva fez estalar cada articulação
oh, meu doce e amargo amor, por que me faz odiar-te tanto?

Odiar? Mas se amo-te, como posso te odiar?
Incógnita indecifrável, pergunta sem resposta.
A poça vermelha torna-se maior, a dor permanece intensa.
Queria que os sentimentos fluíssem juntamente com o líquido,
porém insistem em apertar o peito, em confundir minha mente frágil.

As horas continuam correndo no seu tempo,
em uma lentidão sufocante,
por favor, eu imploro! Acabe logo com isso!
Que raiva! Que ódio maldito esse!
Quero matar-te, oh meu doce e amargo amor,
quero estilhaçar teu coração
tal qual fizeste comigo!

E me aquecer com teu sangue
sentir o cheiro adocicado no ar
um alívio no peito, e tu, implorando piedade!
Oh meu doce e amargo amor, renda-se, implore, peça,jure!
Diga que me ama, que me deseja, peça perdão!
Diga que me quer, que meu sangue se misture ao teu
que quer banhar comigo, ao tom de vermelho escuro!

Implore pelo meu gosto, respire minha dor, maldito!
Peça meu gosto amargo, compartilhe teu sofrimento, mostre-me!
Implore pelo meu corpo,
pela tua mão quente passando sobre minhas curvas geladas...
Respire meu ódio, maldito! Oh, maldito, doce e amargo amor!

Insista. E terás a eternidade.
Permita-me levar-te comigo.
Dê sua mão, oh doce e amargo amor.
Sofra, sinta, chore, grite de dor, assim como eu.
Vamos juntos, percorrer o caminho escuro.
Escute meus passos, e acompanhe-me.




                  III
O sol insiste em aparecer,
mas minha dor o impede.
A noite permanece por mais um tempo
enquanto eu aqui estiver, pensando em ti
oh meu doce e amargo amor.

Um calafrio percorreu
desde meus pés, até a ponta de meu cabelo vermelho
vermelho, cor de meu sangue,
esse que escorre por ti, oh meu doce e amargo amor!

A sensação do teu corpo mais uma vez
toma conta do meu ser
o toque macio de tuas mãos sobre as minhas
e o jogo de sensações ativa-se fortemente mais uma vez.

Oh meu doce e amargo amor, diga-me algo!
Deixe-me sentir seu suspiro, ouvir teu sussuro
tocar teu corpo, sentir-te enrijecer,
oh meu doce e amargo amor!

Deixe-me! Deixe-me aquecer com teu hálito
curvar-me a ti, ao teu toque.
Estremecer em teus braços, umedecer teus lençõis
de meu suor salgado, de meu doce prazer.

Deixe-me, oh meu doce e amargo amor,
permita-me me contorcer, ao aquecer cada curva de meu corpo
deixe-o rosado de desejo mais uma vez!
Oh meu doce e amargo amor, permita-me gritar teu nome!

Deixe eu me submeter a ti,
a suplicar a ardência da carne
a vermelhidão de minha nádegas, de meus mamilos.
Oh doce e amargo amor, possua essa pele, torne-a tua!

De joelhos eu viso profundamente teus olhos
desejando-me, querendo-me, admita!
Vejo nossos corpos fundirem-se
sob a luz da gélida lua, aquecendo-a com nosso calor
até torná-la o sol.
Oh meu doce e amargo amor,
deixe-me provar teu doce e amargo gosto!

Beije-me com força, até meus lábios incharem
beije meu corpo, até eu gemer, suplicando pela dor do prazer
envolva-me em teus braços quentes,
toque-me sinta a chama se erguer,
oh meu doce e amargo amor!

Penetre em mim toda tua raiva,
penetre em mim todo teu amor,
penetre em mim todo teu doce e amargo ser
jorre em mim cada sensação, cada sentimento!

Beije-me incansavelmente.
 Pressione tua boca sobre mim
e veja minha pele se moldar ao formato de teus lábios!
Oh, meu doce e amargo amor.

Serei tua, hoje, amanhã e por toda eternidade
eternidade essa que nos aguarda, que se mantém a nossa espera.
Deixe-me ser tua.
Deixe-me desfrutar deste doce e amargo amor!

Camila Almeida.

Insônia


Angústia essa que me envolve
Frio interno que me domina,
dor que me atinge com força
sensação de ódio, apetência pela morte.

Noite acordada, desejos fulminando
revirando na cama toda essa fúria
agarrando com força as cobertas quentes
expressando toda minha raiva.

Aquela vontade intensa de gritar
de quebrar tudo que me rodeia
e a escuridão escondendo cada traço de minha face
tornando ainda mais forte esse prazer ...
esse prazer contido em meu peito.

Lágrimas, oh lágrimas
parem de cair, pois posso me afogar;
quero substituir suas gotas por sangue
gotas avermelhadas, em tom aveludado
em um escorrer silencioso...

O desejo pelo escuro,
 a procura pelo frio da noite
a depressão tornando-se cada vez mais constante
involuntariamente...

Não! Pare! Você precisa dormir
Esquecer esses pensamentos obscuros
esquecer essa noite gelada
não lembrar das tormentas!

Você precisa dormir!
Mas a insônia persiste
a dor insiste, a angústia não permite!
Sua força é maior, tente!
Feche os olhos
 deixe o som do violino. ao fundo, percorrer sua mente
seu sangue borbulha mais suave
seus dedos vão soltando o chão, pouco a pouco
e a calma retorna ao corpo.

Amanhã será outro dia
e outra noite de insônia está por vir...

Camila  Almeida.

domingo, 1 de julho de 2012

Quebrei as regras.

Insanidade!
Loucura mais intensa... e mais gostosa.
Sentir-se sorrir ao pensar em momentos... Se preocupar, querer cuidar!
Querer ver um sorriso no teu rosto.

Me perder naquele olhar... ah! tão escuro...
tão escuro...

Saudade da tua boca, teu beijo, teu gosto.
O calor do teu corpo, tuas mãos no meu.
me derretendo no teu beijo, querendo te ver perder o fôlego.

Oh, noite tão fria, tão silenciosa...
como as palavras não ditas...
nunca ditas.

Ter tão pouco você. Ter meu ser tão completo.
Sem perguntas, sem cobranças... ter a vida esquecida do lado de fora.

Nada importa, nada existe.
Tantas sensações em um só corpo.
Começa assim, tão devagar...
consegue me enganar, enganar meu medo de perder o chão.

Mas agora...
Quebrei as regras.
Fecharei a porta e irei ao encontro da escuridão.
E então terei a doce companhia dessas lembranças
Lembranças essas que me atormentam, que me tiram da sanidade.
Lembranças tais que me fazem um bem profundo
ao mesmo tempo que corroem célula à célula, partícula à partícula.

Camila Almeida.


segunda-feira, 18 de junho de 2012



E o que fazer numa situação assim?

sábado, 2 de junho de 2012

Instante.


Fim de tarde, o céu em um tom cinza claro opaco... 
Uma sensação de aperto percorreu, repentinamente, o meu interior.
"Só precisava, agora, estar envolvida em teus braços..."  - pensei.
O nó na garganta agora estava aguçado.
Com minha cabeça entre meus joelhos, tentei segurar as lágrimas.

"Só queria ter algum valor para ti..." - sussurrei.
Olhei rapidamente para o alto, procurando escapar dos meus pensamentos.

"Queria que fosse recíproco..."

E assim, fechei os olhos e adormeci.



Camila Almeida

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Rotina.

Olho para o espelho procurando um rosto bonito. Deparo-me com uma silhueta pálida e sem emoção.
Sacudindo brevemente a cabeça, tentando tirar aquela imagem assustadora da mente, retorno aos afazeres da manhã. Tudo automático, como se eu nem precisasse pensar em qual era o próximo passo a ser dado.
Fazendo um café, me debruço sobre a pia, olhando para fora da janela. Momento reflexão. Sem sucesso, restou-me um suspiro.
Novamente no quarto, fechei os olhos com força, tentando me preparar para mais uma vez, me deparar com o meu maior inimigo: o espelho. Mais uma vez, um suspiro.
Tentando permanecer o menor tempo possível em frente a este, começa o ritual de disfarce da face sombria que ali é refletida. Carregando na maquiagem escura dos olhos, escondo minha palidez, disfarço meus olhos inchados e arroxeados de uma noite mal dormida e de muitas lágrimas. Ensaio sorrisos, tentando parecer o mais natural possível, a fim de tentar reproduzir estes durante o dia.
Com sensação de tarefa cumprida, trato de vestir algo que faça eu me sentir gente. Mas nunca me satisfaço... Bom, que seja.

Fechando com força a porta de casa, tomo meu rumo.
Durante o resto da manhã, os sorrisos ensaiados são reproduzidos. Repentinamente me pego pensando no espelho. Dou-me conta do vazio que me percorre cada veia, a sensação de morte que me faz questionar o que seria a vida... Me sinto num cotidiano cuidadosamente ensaiado, das coisas que eu gostaria de estar fazendo com intensidade, mas que não acontece por falta de vontade de tudo.
Sinto como se minhas pernas tivessem vida própria e que não "ouvisse" meus pensamentos.
Sinto como se meu biológico agisse por si só. Que não obedecesse minha mente e minhas emoções.
Minha cabeça quer algo, meu corpo age ao contrário. E assim se forma mais uma confusão interna.

Só penso em sentir minha cama novamente. Meu travesseiro me aconchega de tal forma que parece que ali, nada me atinge, momento de compartilhar minhas lágrimas, minhas angústias e minhas falsas esperanças. Sim, falsas esperanças, porque em muitos momentos, deito minha cabeça com um sorriso forte no rosto e mãos tremendo com a adrenalina que percorre em meu corpo, crendo por apenas um brevíssimo instante, numa saída. Mas é sempre alarme falso.


Mais uma vez, tento acordar desse pensamento, me deparando com a triste realidade, esta muito distante da minha cama e travesseiro. Continuo meus afazeres sem pensar no que estou fazendo, mas no que eu queria fazer. E assim espero o tempo passar, até eu conseguir o momento tão esperado. É ali que passarei o resto das minhas horas disponíveis.

E assim, fecha o ciclo.


Sei que não é o primeiro texto que posto sobre meu início de manhã. Esse é o momento mais conturbado do dia porque simplesmente não tenho vontade de acordar. Queria dormir para sempre. Não precisar abrir os olhos, não precisar ver as pessoas, não precisar ter obrigações! Não precisar respirar... Não precisar me mover, saber que ali há "vida".
Não queria nem ter nascido.


sábado, 19 de maio de 2012

Sonhos

Sonhei que acordava ao teu lado.
Nesse sonho, abri os olhos calmamente e enxerguei tua silhueta embaçada entre minhas pálpebras. Até minha visão se fixar, pensei no quão bom seria se isso fosse realidade. Foi quando consegui fixar meus olhos em ti e perceber que tu realmente estavas ali, ao meu lado. Senti teu calor, senti teu cheiro e, assim, um sorriso leve e verdadeiro surgiu inconscientemente no canto de meus lábios.
Olhei ao redor. Não estava em casa, o que me deu um alívio constante e uma euforia interna. Queria envolver meus braços em teu corpo e explodir de alegria. Queria gritar de tanta euforia. Mas, precisei me conter.
Olhei para o teto e respirei fundo, tentando relaxar e acalmar meus batimentos cardíacos.
De repente, senti meu corpo se arrepiar por completo e logo após percebo que tua mão estava me tocando de leve, uma sensação única, inexplicável. Beijei teu pescoço de leve porém intensamente. Meus olhos se enxeram de lágrimas, que eu consegui conter, por sorte. Foi quando fui englobada no melhor abraço que eu poderia receber, fiquei surpresa, agradecida, feliz e...confusa.
Fechei mais uma vez os olhos, não acreditando ser real.
Um sonho dentro de um sonho? Poderia?
Tudo me mostrava que era real. Eu estava ali novamente, aconchegada em teus braços, em tua cama, confortável e serena por um instante.
Sonhei que acordava ao teu lado.
E no final das contas, não era sonho.

Camila Almeida

Máscara

Coloquei uma máscara.
Só queria parecer normal.
Não quero mais que as pessoas achem motivos para eu ser a piada do dia.
Coloquei uma máscara.
Não quero que ninguém veja quem sou eu.
Não preciso que me conheçam, não devo mostrar minha verdadeira face.
Me sinto uma mentirosa, porém a pessoa mais sincera que tu já conheceste.
Coloquei uma máscara.
E só quero que percebas que aqui, não há ninguém.
Essa imagem que tu enxergas todo dia... Não sou eu.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Me pego olhando para o nada.

Fixa em meus pensamentos, começo a chorar... sem um motivo concreto, sem saber direito o que me incomoda... uma mistura de sentimentos me confunde.
O vazio no peito fica mais agudo quando penso nas coisas...
Paro e me concentro no silêncio. Meus pensamentos agora giram em torno daquele que é dono dos meus sonhos. Sem motivo, me sinto mais vazia ainda, mesmo não demonstrando, parece indiferente...Mesmo me surpreendendo, não sei porque eu me sinto assim, como se tivesse faltando uma palavra a ser dita, um gesto a ser articulado, um sorriso a ser dado...

sonho.

Chamava pelo teu nome.
Queria te encontrar, precisava te ver, olhar fundo no teu olho e talvez tentar entender o porquê dessa necessidade incessante de estar próximo.
Revirava-me incontrolavelmente na cama, suava frio, e mesmo sabendo que era apenas um sonho, este retratava toda realidade.
Corria e procurava todos os meios de sair daquele lugar, parecia que o ar estava mais denso, a dificuldade de respirar era maior quanto mais eu chegava perto de te encontrar.
Durante o tempo, só pensava no momento do abraço, sentir teu cheiro e teu calor... Que eu pudesse deitar em teu ombro e me sentir segura... Que eu pudesse olhar para o céu e sorrir por estar ali mais uma vez, pertinho de ti.
Continuava a chamar pelo teu nome, enlouquecida, em minha própria mente, imaginando cada toque teu.
Seguia aquele longo caminho que nem sequer me lembro direito, me concentrei mesmo na tua pessoa...
Quando acordei, não me surpreendi em ter sonhado isso. Vivo sonhando acordada com coisas assim, passei muitas horas e várias vezes imaginando cada encontro, e sorrindo como uma boba, sozinha.
Tudo parece tão leve e tranquilo quando estou contigo... Não entendo como tu pode me fazer tão bem assim... Tão inesperado... Mas tão gostoso...
Toda vez que me lembro de algumas conversas um arrepio toma conta de mim; como sempre, quando penso em ti ou te vejo. Cada abraço parece que mexe mais ainda comigo, mexe comigo de um jeito engraçado que eu não sei descrever.
Só quero que isso se repita... E que eu possa sorrir assim de novo várias vezes...

sábado, 28 de janeiro de 2012







Leve-me até teus pensamentos, veja-me em teus sonhos, sinta-me em teus braços.
Deixe que meu toque percorra cada curva do teu rosto. Apenas sinta a brisa que bate de leve pela janela e suspire. Deixe que meus lábios toquem suavemente os teus. Deixe eu entregar-me a ti. Sinta meu coração acelerar, olhe em meus olhos e sintonize com a profundidade dos sentimentos ali presos. Apenas abrace-me e deixe que o sol se ponha, que a escuridão nos envolva, que a lua nos ilumine.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

E tudo é escuridão...
Tudo é sofrimento... É angústia.
Como se tivesse os olhos fechados sem poder sequer enxergar um pequeno feixe de luz..
Como se não quisessem que sua respiração prosseguisse...
Como se gostassem de ver seu sofrimento perante o mundo...
Como se ela não existisse.

Estar feliz consigo mesmo é uma tarefa muito difícil quando olha-se o espelho e este reflete todas tuas imperfeições delineadas em um reflexo.




- Camila Almeida.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Fim de tarde.




Aquele ar úmido cortando meu rosto, quando decido olhar o céu pela janela.
Indefinido, o céu tinha uma mistura de laranja e cinza, mostrando que mais um dia estava no fim e que um final de tarde com chuva era o que teríamos em breve. Uma lágrima escorreu mansamente pelo canto do olho e um nó na garganta fez com que eu parasse de respirar por alguns segundos, tentando me recompor. Baixei minha cabeça e deitei-a sobre meus braços. Com o olhar no vazio, passei a pensar em cada segundo em que fui feliz ao lado da pessoa que eu amo. Uma pontada no estômago cortou meus pensamentos e agora, sentada na ponta da cama, começo a chorar desesperadamente, soluçando a cada segundo que passa.
Imagens de dor, solidão, raiva, rancor...tomaram conta da minha mente naquele instante e as ações provindas desses sentimentos sombrios, cometidas erroneamente, que resultaram em mais dor e decepção, que adicionado com o arrependimento fez com que tudo de bom e bonito ficasse de lado por aquele momento.
Dúvidas...
Queria saber o que dizer, de inédito que tocasse teu coração, que não fosse as mesmas palavras de sempre. Mas aí, percebo que o sentimento é o mesmo, que não tem nada de inédito a não ser a intensidade que varia e... sempre aumenta.
Coloco com força as duas mãos sobre a cabeça a fim de, com esperanças, tocar minha consciência e tentar entender como pude ter sido tão patética. Ai, o arrependimento dói. E as respostas? São variadas.
Só consigo me perguntar: E agora? E agora? E agora? - Desespero bate.