quarta-feira, 30 de julho de 2014

Chamas.

E eu me segurei até o último instante. Não queria cuspir aqui essas palavras. Tornou-se necessário.


Hey, tu disseste que não mudei. Como pode dizer isto? Tu não queres saber se mudei. É muito pouco, muito cedo, para ser feito um julgamento. 
Tais atitudes que tu tanto condena, vieram de um estado de confusão, daquele nó na garganta, das dúvidas, de uma mente embaralhada. Não, minha mente não permaneceu embaralhada desde aquela vez. Todos os nós foram desfeitos, com muita cautela.
 O problema foi que tu os fizeste de volta. 
Minha mente se embaralhou novamente, mas por causa tua, sem querer. 
Nenhuma pessoa em seu estado mais são sairia com um norte totalmente definido de uma situação assim. Situação, aliás, nova para mim. Nunca passei por isso. Então não julgue que não mudei. Eu mudei minha ações sobre as coisas as quais errei. Tais atitudes não se repetirão sobre tais circunstâncias. 
Só que houve um fato novo para mim, inesperado, em que não soube agir da forma que tu gostarias. Mas não quer dizer que eu continue a mesma. Não quer dizer que não mudei... Como pode dizer isto? Só eu sei o que passei para reavaliar minhas atitudes, rever meus conceitos, acusar-me, culpar-me, olhar para dentro e assumir. Já tentaste? Se sim, difícil né? Quando temos apenas nossa visão, parece que é tudo tão claro, tão certo ... Mas, por um momento, eu me perguntei :"Será?" ...
 E a partir disso consegui apontar o dedo para mim mesma. Eu soube avaliar as situações. Os erros e os acertos. Os valores que as coisas tem, realmente. A importância ou irrelevância de tais. 
Como dizer que isso não é uma mudança? 



Cada dia longe de você me corrói de medo... de nunca mais te encontrar novamente. Não me julgue por isso. Não me julgue por ir atrás de ti. Por querer saber se tu me responderia caso eu te desse bom dia. 
Tu me pressiona, mesmo que esse não seja o real objetivo. Toda situação me pressiona. Não é fácil se manter toda corretinha, num contexto desses. E acredite: eu mudei. 
Senão, nem tentaria. Se tentei, não foi apenas por te amar. Se fosse, seria "colocar os pés pelas mãos" e eu saberia que o sofrimento e a frustração seriam maiores. Foi porque me senti firme e forte por dentro, porque melhorei minha forma de ver as coisas, aprimorei meus princípios, revi uma esperança...e misturando isso, com o que sinto por ti, resolvi tentar, me preparando a cada segundo, para o pior. 
Ok... Eu sabia o terreno que eu estava pisando. Eu sabia que não seria nada fácil. Porém, algo me dizia (e pelo visto, erroneamente), que tu também havia melhorado em um certo ponto específico, que tu tanto condena mas age de tal forma comigo (e não é de hoje): tu me cobra.
É, tu anda me cobrando mudanças, anda me cobrando que eu ande na linha, cobrando que eu faça as coisas de acordo com o que tu desejas. Pelo menos, me parece. Se tu achas que não cobra, então é involuntário, inconsciente, ou o que quiser chamar. Mas existe uma cobrança nas entrelinhas. Eu me sinto cobrada e isso é inegável. 
Sinto-me como num teste. Cada passo errado, um ponto é descontado. Tento a cada obstáculo, pensar da forma mais limpa possível para evitar qualquer tropeço que faça tu dar um passo atrás. 
Meu deus, tu ainda consegue dizer que não mudei ? Será que tu não vê essas coisas? O que será que tu enxerga? Eu me pergunto todo dia...


Eu estou fazendo o possível para sustentar um envolvimento que ainda nos resta e eu não quero perder. A carga nas minhas costas, é enorme. Eu sei, é apenas meu interesse, eu que tenho que fazer isso tudo. Eu assumi a causa sozinha. Sei que para ti, não faz diferença se eu tiver aí ou aqui, longe. A importância que isso tudo tem para mim...tu já parou para perceber??? Avaliaste minha situação? É fácil, tão fácil dizer que esperamos uma coisa sem avaliar o que precisa para atingir tal. 
Como posso te dar o que espera, tal qual como queres, se não tenho as condições adequadas para isso? É como querer fazer um bolo lindo, enorme, sem fermento.

Às vezes, vale a pena abrir mão de um detalhezinho que te traz um enorme resultado. E eu digo isso com toda certeza do mundo, pois por isso passei e tenho passado. Não dá para ser sempre como a gente quer, é, isso é verdade. Mas se a gente quer, a gente tem que fazer por onde, pelo menos. E eu tenho tentado de todas as formas. E a única coisa que eu espero mesmo, lá do fundo, é que tu veja isso! Por isso, não queria sentar e ficar de braços cruzados pois não vai cair do céu. Por isso tantas perguntas, tantas vontades... Quero ter um norte a seguir para determinado fim. 
E como eu sempre me digo: se não der, beleza, mas eu fiz por onde.
 E não seria tempo perdido. Nem investimento em vão. Por mais que eu não consiga alcançar meu objetivo, eu aprendi, eu evoluí, eu melhorei...e todos esses verbos conjugados no futuro. Pois ainda tem muito a acontecer de positivo, mesmo que o resultado não seja o almejado. 
Por isso eu não desisti.


É como se eu tivesse a brasa. E ela está se apagando. Porém, eu não quero que se apague. Não posso deixar apagar. Só que não tenho como alimentar em fogaréu. Minha vontade era tacar gasolina e acender um isqueiro e ver a chama acesa. Como não posso fazê-la, preciso manter a brasa acesa com mais esforço. E assoprando pra ela ir se alastrando... juntando todo fôlego, lá de dentro. Cansa. Paro, respiro fundo e vou de novo...  até que um vento que assopre ao meu favor, faça a brasa se espalhar até que uma pequena chama apareça, enfim. Quando essa pequena chama surgir vou alimentá-la com todo cuidado para não fugir do controle e tornar-se novamente um incêndio. Nem para que se apague de vez e tudo vire apenas cinzas. 



segunda-feira, 21 de julho de 2014

Despedidas e saudades.

Saudade profunda de um amor não esquecido.
Mais do que sempre, naquele dia, estava consumida de saudade e relembrava (quase sem querer) cada detalhe de momentos distantes no tempo, mas muito próximos da minha lembrança. Aquele amor passeava na minha saudade e parecia que tudo havia acontecido ontem. Eu me perguntava se um dia poderia dizer que o esqueci e o que sentiria em relação à tudo que vivemos.
Me cobri de vontade de tê-lo comigo outra vez.
Nossa história se havia colocado num vão do tempo, entre hoje e o passado.
Sempre fora assim entre nós: uma certeza sem garantias. A gente se sabia, e isso era tudo.
As dificuldades eram desafios e as vitórias celebração da via. Antes que eu pensasse, ele dizia. Antes que eu quisesse, ele oferecia. A vontade era única: sincronia de corpos, sintonia de pensamentos - nós formávamos A dupla!
Semelhantes, embora não fôssemos iguais.
Parecidos, como se feitos da mesma essência. Sempre resgatando um pedaço perdido de mim. Não importavam os passos dados e quantos levariam para voltar. Eu ia com ele. E ele ficava em mim. Naquele misto de fantasia com verdade, passamos uma vida em meses.
O pulsar do coração encontrava eco no peito do outro. E eu notava. Eu ouvia cada batimento. Me sentia viva.
Um pensamento rompia o silêncio para encontrar no outro a reposta.
Ah... o silêncio dos dois era cumplicidade.
O riso dos dois podia ser motivo de um.
O dom de acalmar angústias, harmonia de vontades, uma luz que retira sombras de medo e resto de ausências.
Dores passadas, sofrimentos presentes.
Igual, sem ser. Pedaço que me recompôs, trecho que descobri ser parte do meu ser.
Princípio, meio, fim.
Sentido, objetivo, meta.
Caminho à dois, dor e alegria, lágrimas e sorrisos. Desejos.
E uma despedida depois.
Que caminho hoje percorre aquele coração, não estando aqui?
Está no lugar de onde nunca saiu: junto de mim!
Por isso tenho o peito carregado de saudade que agora ocupa o lugar que ele deixou.
Enquanto uma lagrima corria entre sobras do meu riso, agradeci a vida, que me deu a chance de saber que meu amor existe...
...apenas nãoe stá comigo.

sábado, 5 de julho de 2014

Hey amor, me deixe em paz. Pare de me fazer suspirar. Pare de fazer meu coração bater mais forte. De fazer com que eu sinta o cheiro dele no ar. De fazer com que eu sinta o abraço dele em meus sonhos. Pare!

Me deixe em paz. Me deixe respirar normalmente. Deixe meus pensamentos livre da presença dele. Para que eu consiga dormir sem abraçar o travesseiro imaginando abraçá-lo. Para que eu pare com meus sorrisos bobos. Com a saudade.

Hey, amor. Saia de dentro de mim.

Amor, me deixe em paz.